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Usando o Ghost na formatação (Tutorial Longo)

Neste tutorial, vamos aprender melhor sobre esta fantástica ferramenta de backup. Aprenda como usá-lo sem medo, evitando perda acidental de dados.
Para realizar este tutorial, foi utilizado o Symantec Ghost 2002 Personal Edition, em inglês (este produto acompanha o Norton Systemworks 2002).
IMPORTANTE: Nós do Meus Tutoriais NÃO NOS RESPONSABILIZAMOS por perda de dados ocasionadas por uso indevido do software.

Etapa 1 – Preparação

Antes de efetuarmos o backup dos dados, é conveniente levarmos algumas coisas em conta:
Para maior segurança, sempre execute o Ghost através de um boot limpo, por disquete ou CD. Não rode o Ghost sob Windows; se der alguma pane seus dados poderão ser perdidos.


Apague todos os temporários e arquivo de troca antes de efetuar uma clonagem ou um backup. Isto preserva espaço e principalmente tempo.
Execute o Scandisk antes de proceder com o backup, a fim de certificar-se de que não há erros tanto no disco de origem quanto no de destino (é aconselhável rodar inclusive o teste de superfície em ambos).


Siga as recomendações acima nesta ordem.

Etapa 2 – Entendendo o Ghost

OK, uma vez tendo adotado certas medidas de segurança, vamos a algumas explicações sobre como funciona o Ghost.
O backup pode ser feito de duas formas: criação de uma imagem ou clonagem de disco. Uma imagem neste caso é um arquivo com a extensão .GHO, normalmente compactado, contendo informações exatas do disco rígido ou partição, um “espelho”. Ao ser restaurado em outro HD, ter-se-á uma cópia fiel do disco de onde foi feita a imagem, incluindo as informações de hardware (não se preocupe se o hardware for diferente, basta ter em mãos os drivers adequados e seguir as orientações do próprio Windows, que irá detectar um a um os novos componentes).
A clonagem de disco nada tem a ver com DNA: nesta etapa, o Ghost simplesmente copia diretamente todos os arquivos de um HD para outro, ou de uma partição para outra (não vai me dizer que não sabe o que é partição???? OK, vou explicar mais adiante…). Note que mesmo as informações como quantidade de clusters e etc. também é armazenada, embora seja perfeitamente possível usar mídias de origem e destino de tamanhos diferentes. Explicarei isto com detalhes mais adiante.
Para eliminar dúvidas posteriores, darei aqui uma breve explanação de partição:
Um disco rígido padrão tem apenas uma partição, que é a unidade C:. Mas é comum vermos unidades de disco rígido divididos em duas, três ou mais partes – a cada uma destas partes chamamos partição ou unidades. Assim, se tivermos um disco rígido de 10 Gb, e o dividirmos em três partes, sendo a principal (C:) com 3 Gb, a secundária (D:) com outros 3 Gb e a terciária (E:) com os 4 Gb restantes, teremos um disco rígido com três partições.
Preste atenção para não confundir com letras de unidade! Podemos ter letras de unidade que não são partições (como é o caso de CD-ROMs e drives de disquete, por exemplo) e temos também partições sem letras de unidade (é o caso de outros sistemas operacionais, como o Linux, ou de partições ocultas).
Então, agora é importante ressaltar que o Ghost permite fazer tanto backup de um disco rígido inteiro (com todas as partições) como de cada partição separadamente. Vamos ver agora como é que funciona o bichinho.

Etapa 3 – Apresentando o Ghost

Dependendo da versão que você tiver do Ghost, o executável pode ser o ghost.exe ou ghostpe.exe (que é o meu caso). Ao abrir o programa, vem uma breve tela de apresentação, com as informações de usuário e número de registro (apenas na versão 2002). Pressionando OK, temos a seguinte tela:

Avançando no menu “Local”, temos as tarefas principais: Disk (disco), Partition (Partição) e Check (Verificar). A opção Disk é usada caso deseje fazer operações (backup ou restauração) de um disco rígido inteiro. A segunda opção, Partition, é para operações com partições individualmente. E a última, Check, é para verificar se alguma das unidades de disco rígido (ou partições) ou o arquivo de imagem possui erros. Veja as figuras seguintes:

Aqui temos as seguintes possibilidades:
To Disk: Clonar um disco rígido inteiro para outro. Copia inclusive as informações de partições.


To Image: Criar um arquivo de imagem do disco rígido.


From Image: Restaurar um disco rígido a partir de um arquivo de imagem.
Aqui, temos:
To Partition: Clona uma partição somente para outra.


To Image: Cria um arquivo de imagem da partição desejada.


From Image: Restaura uma partição a partir de um arquivo de imagem.

No menu Check, temos:
Image File: verifica se um arquivo de imagem contém erros. É importante fazer esta verificação no arquivo logo após sua criação, antes de apagar quaisquer informações no disco rígido. Pode acontecer às vezes de ocorrerem erros durante o processo, se isso acontecer o Check Image File irá detectar, de modo que você poderá fazer um novo arquivo de imagem.


Disk: Verifica se há erros no(s) disco(s) rígido(s) e/ou partições.

Estamos agora nas opções (Options) do Ghost. Vejamos:
Spanning: Divide o arquivo de imagem em mais de um volume. É útil por exemplo caso você deseje gravar o arquivo de imagem diretamente em um CD-R/CD-RW e o espaço disponível no CD seja insuficiente. Com esta opção habilitada, o próprio Ghost pedirá que insira uma nova mídia no drive quando a atual estiver lotada, de modo que se possa prosseguir com o processo de backup. Semelhante à opção de mesmo nome do Winzip e outros compactadores.


AutoName: Usado em conjunto com o Spanning. Determina automaticamente os nomes dos próximos volumes, sem necessitar de intervenção do usuário.


Compatible Naming: Usa sistema de nomes antigos (8.3).


CRC Ignore: Ignora quaisquer erros de CRC existentes no arquivo de imagem. Não é recomendável habilitar esta opção.


Create CRC32: Cria um arquivo (ghost.crc) com o resumo da tabela CRC. Recomendável para quem sabe o que é CRC e o que fazer com o arquivo “ghost.crc”.
Aqui, temos:
FAT32 Conversion: Converte volumes FAT16 em FAT32 caso a partição de destino seja maior que 256 Mb.


64K FAT Clusters: Redimensiona partições FAT16 maiores de 2 Gb para usar clusters de 64Kb. Usado somente em Windows NT.


FAT Limit: Limita o tamanho de partições FAT16 no Windows NT até 2 Gb. Útil quando há partições FAT16 no disco e clusters de 64 Kb não são desejados.
Nesta seção:
Sure (desabilitado nesta versão do Ghost): não faz perguntas, tomando as decisões sozinho. De qualquer modo não é seguro nem vantajoso, salvo quando usado por administradores de sistema experientes.


Force Cloning: Força a clonagem, mesmo que o disco de origem tenha blocos inválidos ou setores defeituosos (bad clusters).


Reboot: Reinicia o computador após terminar o processo de clonagem.
Exit to DOS: Volta ao prompt do DOS após terminadas as tarefas.
Na aba Image/Tape, temos:
Default: usa as configurações padrão desta seção.


Image All: força cópia setor por setor de todas as partições.


Image Boot: Copia também o setor de boot. Útil quando se tem dois ou mais sistemas operacionais instalados com dual boot.


Image Disk: Similar ao Image All, mas também copia o setor de boot, tabelas de partições extendidas e espaço não particionado no disco.


As opções seguintes (TAPE) são úteis somente caso você deseje fazer o backup em unidades de fita (caso possua uma, claro).

Os itens do HDD Access (acesso ao disco rígido) são:
Use Extendend Interrupt 13h disk access: Usa a interrupção extendida 13h para acesso ao disco rígido.


Disable Extended INT13 access support: Desabilita suporte ao acesso extendido INT13.


Use direct IDE disk access: Usa o acesso direto ao disco (DMA).


Disable direct IDE access support: Desabilita o suporte ao DMA.


Use direct ASPI/SCSI disk access: usa o acesso ASPI/SCSI. Útil caso deseje fazer o backup diretamente em um CD-R/CD-RW IDE (ASPI) ou SCSI.


Disable direct ASPI/SCSI access support: Desabilita o suporte a ASPI/SCSI.

Nas opções Security (segurança), vemos:
Password protect images: coloca senha nos arquivos de imagem.


Locktype settings: “trava” as imagens criadas de modo que só possam ser restauradas em equipamentos com configurações de BIOS semelhantes às do computador de origem. São elas:
None (nenhum)
Manufacturer (Fabricante)
Product Name (Nome do Produto)
BIOS Version (Versão da BIOS)
Serial Number (Número de Série)
UUID
Manufacturer + Product Name
PIII ID

Aqui, em Active Switches, são mostrados (caso hajam) as alterações feitas que serão salvas. Na ilustração 11, não foi selecionada nenhuma opção. Na figura 12, foram selecionadas as opções Spanning, FAT32 Conversion, Reboot e Use IDE Direct Access.
Bem, tendo apresentado o software, vamos ao que interessa: fazer um backup. Vamos à próxima etapa.

Fazendo Backup

O processo pode parecer complicado à primeira vista, mas é bastante simples. Como exemplo, fiz uma imagem de uma partição de meu disco rígido. Vamos às partes do processo:
Para fazer a imagem, vá ao menu Local > Partition > To Image. Aparecerá a seguinte tela:

Na tela que aparece na figura 13, são listados os discos rígidos presentes no computador. Neste caso, só aparece um – só há um disco rígido instalado na máquina de testes. As informações do mesmo são mostradas: Size (Tamanho), Type (Tipo), Culinders (Cilindros), Heads (Cabeças) e Sectors (Setores). Caso haja mais de uma unidade, selecione a desejada e pressione OK. Caímos na tela mostrada na figura 14:

Aqui são listadas as partições existentes no disco rígido selecionado. Pode-se ver que há 5 partições na unidade atual; uma primária (de nome Main) e quatro lógicas. Selecionei a partição JUNK, de 1.106Mb. Uma vez tendo selecionada a unidade, o botão OK ficará disponível. Pressione-o.

Nesta tela devemos selecionar o nome do arquivo de imagem e o local onde o mesmo será gravado. A extensão padrão é .GHO, não é aconselhável alterá-la. Escolha o nome (até 8 caracteres), se desejar coloque algum comentário em Image File Description e pressione SAVE. Você não deverá ter problemas aqui, o processo é bastante semelhante ao Salvar Como de um software do Windows (tais como Word, Excel, etc.).
ATENÇÃO: As unidades de origem e destino NUNCA PODEM SER IGUAIS. Seja para fazer clonagem ou image, seja do disco inteiro ou uma determinada partição, é obrigatório que origem e destino sejam diferentes. Em outras palavras, não posso determinar que o Ghost grave o arquivo de imagem da partição JUNK nesta mesma partição, é necessário selecionar uma outra.

Certo. Caímos nesta tela, onde o Ghost pergunta se deseja compactar (comprimir) o arquivo de imagem. Isto é bastante útil, mas vale saber de algumas coisas:
No: Não compacta o arquivo de imagem; ele terá o mesmo tamanho do espaço utilizado na partição/disco selecionado, ou seja, um arquivo de imagem de uma partição com 1 Gb de dados terá 1 Gb de tamanho. É o processo mais rápido.


Fast: Compactação rápida. É a melhor opção. Comprime os dados em 40% e não é muito demorado. Isto quer dizer que, em uma partição com 1 Gb de dados, após criado o arquivo de imagem ele terá 600 Mb, ao invés de 1 Gb se não fosse usada a compactação aqui.


High: Alta. Não vale muito a pena, já que compacta apenas 10% a mais que a opção Fast e leva um bom tempo a mais. O nível de compactação é de aproximadamente 50%.

Uma vez selecionado o nível de compressão desejado, o Ghost perguntará uma vez mais se deseja mesmo continuar com o processo, e avisa que o número de licença (License Number) será necessário para restaurar o arquivo de imagem. Este aviso só aparece na versão 2002, inexiste nas versões anteriores do Ghost. Portanto, cuidado com isto, você precisa EXATAMENTE do mesmo Ghost para restaurar a imagem posteriormente. No Ghost 2002, o número de licença aparece na tela de inicialização do programa.

O processo de criação do arquivo de imagem em andamento. O Ghost é bem completinho, oferece informações úteis como porcentagem de conclusão do processo, velocidade (em Mb/minuto), tempo estimado, tempo decorrido, arquivo de imagem de destino, arquivo atual que está sendo copiado e etc.

Após 1 minuto e 19 segundos, o processo está terminado. Aparece a tela Dump Completed Successfully (processo terminado com sucesso). Ótimo! Terminamos o processo de backup!

Etapa 5 – Verificando o arquivo de imagem

Depois da conclusão da criação do arquivo de imagem, é altamente aconselhável – antes de fazer mais nada – verificar se o mesmo não possui erros. É possível ocorrer algum erro durante a criação do mesmo. Para isso, na tela inicial do Ghost, vá em Local > Check > Image File, como na figura abaixo:

Feito isto, selecione o arquivo de imagem que deseja verificar (no caso, C:BKPGDH.GHO). Aparecerá uma tela de confirmação (Deseja prosseguir com a verificação de integridade do arquivo de imagem?). Clique em YES.

O processo é bastante rápido. No final, temos o resultado:

O Ghost mostra-nos a tela “Image file passed integrity check” (O arquivo de imagem passou no teste de integridade). Ou seja, nenhum erro encontrado. Caso haja algum erro, o Ghost emitirá um alerta. Neste caso, é recomendável fazer um NOVO arquivo de imagem, seguindo as etapas desde o início (inclusive executando o Scandisk).
Se deu tudo bem até aqui, perfeito: seu backup está concluído e você pode ficar sossegado.

Restaurando um arquivo de imagem

Até agora, conhecemos o Ghost, aprendemos a fazer um backup, verificar o arquivo de imagem por erros. Mas e para fazer o processo inverso (restaurar um disco/partição a partir de um arquivo de imagem)? É bastante simples, vamos aos passos:

Na tela inicial do Ghost, vá em Local > Partition > From Image (se tiver sido feito o arquivo de imagem a partir de um disoc inteiro, é só ir em Disk > From Image). A seguir, aparecerá uma tela pedindo o número de licença do Ghost (fig. 24):

Note que esta tela só aparecerá no Ghost 2002. Caso contrário, não haverá nada disso. Se você usar uma versão anterior do Ghost, pule este passo.

Aqui você deve selecionar o disco rígido que contém a partição que deseja ser restaurada.

Selecione a partição que deseja ser restaurada. Serão listadas aqui todas as partições existentes no disco rígido atual.

Aparecerá uma tela de confirmação (Prosseguir com recuperação da partição? A partição de destino será permanentemente sobrescrita.). Preste atenção, esta é sua última chance de verificar se está mandando recuperar a partição correta. Se cometer algum erro, será irreversível. Se estiver tudo OK, clique em YES. O processo será concluído e o Ghost pedirá para reiniciar o computador. Caso haja algum erro no meio do processo, ele lhe emitirá um alerta.

Etapa 7 – Criando um disco de Boot do Ghost

OK, o processo de backup está concluído. Mas vamos supor que você fez o backup diretamente para um CD-R/CD-RW, e quer ter um disco de boot próprio para recuperar seu backup em caso de necessidade sem maiores preocupações. Como fazer? Bem, o Ghost vem com o Norton Ghost Boot Wizard, que auxilia bastante neste processo. Vamos ver como criar um disco de boot com ele:

Na tela inicial do Norton Ghost Boot Wizard (fig. 28), temos três opções. A primeira é a ideal para o que desejamos. A segunda é um disco de boot para se usar em redes TCP, e a terceira cria um disquete de boot com suporte aos drivers de CD-ROM, de modo que o mesmo fique acessível em um boot “limpo”. Vamos selecionar a primeira opção (Boot Disk with CD-R/RW, LPT and USB Support). Clique em Next.

Aqui devemos selecionar as opções necessárias para a restauração de boot. Se você tiver, por exemplo, um CD-RW externo que é ligado ao micro via USB, selecione a primeira opção também. Se for usar um drive de CD-ROM externo, via LPT, selecione a segunda opção. Caso contrário, escolha apenas a última opção.
A primeira e segunda opções também devem ser selecionadas caso você vá precisar do arquivo de imagem que está em outro computador, ligado ao atual via USB ou LPT.
Aqui neste caso, o CD-RW é interno mesmo, então só é preciso ativar a última opção. Clique em Next.

Vamos precisar ativar o modo MS-DOS (o PC-DOS não serve pro que precisamos agora). Para isto, você vai precisar de um disquete de boot pronto do Windows. Inisira-o no drive e clique em Get MS-DOS.

Insira o disquete de boot no drive e clique em OK. O Ghost Boot Wizard irá copiar alguns arquivos do disquete (fig. 32). Terminada a cópia, a opção MS-DOS estará disponível. Selecione-a e pressione Next.


Aqui, o Ghost Boot Wizard pede para indicar onde está localizado o arquivo GhostPE.exe (o mesmo usado para executar o Ghost). Indique e clique em Next, não é preciso adicionar nenhum parâmetro.

Indique agora qual é a unidade de disquete que você possui, defina quantos disquetes de boot quer criar e se deseja formatar o disquete antes. O melhor é desabilitar o Quick Format, assim caso o disquete possua algum setor defeituoso, a formatacão detectará. Clique em Next.

O programa mostrará como ficam os arquivos Autoexec.bat e Config.sys do disco de boot. Não é possível alterar nada neste momento. Apenas insira o disquete vazio no drive e clique em Next. O Ghost Boot Wizard irá copiar arquivos necessários no disquete e concluirá o processo (fig. 37).

Agora, caso deseje fazer um CD de boot, basta usar o disquete criado neste processo em seu software de CD-Burning favorito. Mas isto é uma outra história…

Administrador

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